– Dia 10 de Fevereiro de 2022 (Sessão de Abertura)

Dia 10 de Fevereiro de 2022 decorreu a sessão oficial de Abertura do Projeto Escola da Interculturalidade Global. Na Junta de Freguesia do Afonsoeiro juntaram-se neste dia participantes e os representantes dos parceiros do projeto para que juntos pudéssemos dar início ao projeto.

Iniciou-se com a entrega de Kits Oferta do Projeto, que contava com uma t-shirt, um caderno, uma caneta, autocolantes, uma garrafa e post its. Foi então apresentado o projeto, contando com o contributo de quatro convidadas, a gestora de projeto da Agência Nacional Eramus + Juventude em Ação, Anabela Cardante, a diretora do Agrupamento de Escolas Poeta Joaquim Serra Paula Póvoas, a secretária do Executivo da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Montijo e Afonsoeiro Ana Cristina Santos e a representante da Comissão Europeia em Portugal, a Dra Sofia Moreira de Sousa.

Para além das quatro convidadas que discursaram, a sessão de abertura contou com outras entidades parceiras do projeto. Estiveram presentes o embaixador de Angola e membros do corpo diplomático de Cabo Verde e Guiné-Bissau. Também o Secretário da Assembleia Municipal do Montijo, membros representativos da CPCJ, membros da GNR, membros da PSP, representantes da companhia Mascarenhas Martins e Presidente do Concelho Geral da Escola Poeta Joaquim Serra marcaram presença neste evento de abertura.

– Dia 10 de Março de 2022 (O que é a multiculturalidade?)

Dando início às sessões realmente ditas, os participantes dedicaram a terceira sessão do projeto a compreenderem em que consiste a Multiculturalidade. Após recordar as primeiras duas sessões, os jovens e os seniores organizaram-se em grupos, juntando 4 jovens e 1 sénior, de modo a trabalharem a questão “O que é a Multiculturalidade?”. Os grupos organizaram-se e apresentaram à sessão as suas respostas com o auxílio de Flip Charts. De forma a facilitar este trabalho, propusemos a resposta a quatro questões:

1. O que é a multiculturalidade?
2. Para que serve? 
3. Como funciona? 
4. Como deveria funcionar?

Como forma de atividade de autorreflexão, foram colocadas 3 questões para que os participantes possam refletir e tomar consciência de algum comportamento que deva ser alterado.

1. Existem indivíduos de origens culturais específicas que me fazem sentir raiva, ressentimento, ansiedade ou desconfortáveis (mesmo antes de interagir com eles)?
2.   Que experiências passadas podem estar a contribuir para estes sentimentos?
3. De que maneiras posso mudar minha perspetiva à luz da minha crescente empatia cultural e compreensão de pessoas de várias origens?

Todo esta atividade teve como objetivo desconstruir preconceitos que os participantes poderiam ter, começando por os identificar.

– Dia 24 de Março de 2022 (E se fosse contigo?)

De modo a continuar na mesma linha de pensamento, a quarta sessão que ocorreu dia 24 de março de 2022, teve como foco principal os difíceis percursos que os migrantes muitas vezes têm que realizar para chegarem a um local seguro.

Através de uma simulação em que os participantes tiveram que se colocar no lugar destes migrantes, fizeram diversas atividades guiados por uma história. A primeira atividade levava os participantes a escolherem três objetos que levariam no caso de terem de sair rapidamente de casa. Demonstrando as prioridades de cada um e abrindo espaço para discussão onde juntos enquanto grupo têm que escolher no final três coisas todos enquanto grupo. Esta atividade demonstrou as diferentes visões intergeracionais e muitas vezes mostrando que há coisas básicas das quais não nos lembramos. Auxiliando a discussão no final da atividade foram colocadas questões como: 1) Foi fácil encontrar os 3 objetos? 2) Se tivessem tido mais tempo acham que a vossa resposta teria sido diferente? 3) Quantas pessoas deslocadas acham que existem no Mundo?

De seguida, os participantes realizaram uma atividade de Role play que tinha como objetivo simular a entrada num país e os entraves a que refugiados são sujeitos, como a burocracia e os preconceitos. A atividade chamou-se “Can I Come In” e num grupo existira um migrante a entrar no país, um agente fronteiriço e um observador. Cada um dos papeis tem um cartão de apoio, onde estão presentes diversos argumentos que os participantes poderiam utilizar.

– Dia 7 de Abril de 2022 (Cultura e valores: o que são?)

 Após compreender como as nossas ações influenciam a vida dos outros, a quinta sessão focou-se, novamente, no que consideramos de cultura. Começando por identificar no mapa algumas das 72 nacionalidades presentes no Montijo, os participantes ficaram a saber de que forma o país de origem é considerado cultura. Posteriormente, os participantes realizaram um jogo em forma de quizz, onde responderam, de forma a criar uma nuvem de palavras, em que consiste a cultura e o que não é cultura. Podemos assim considerar cultura a comida, o país de origem, a idade, a religião, a língua, crenças e até mesmo profissão. No entanto não consideramos cultura a economia.

Estando na temática da cultura, considerámos útil ouvir o presidente da associação cultural banda democrática 2 de janeiro, parceira da Omnis Factum, António Ramos, também ele participante do projeto Escola da Interculturalidade Global. Por fim, voltámos ao jogo quizz onde os participantes tiveram que responder qual é que não é considerada uma característica da cultura, sendo a resposta de que está não era algo intrínseco, e tiveram que hierarquizar expressões portugueses que de alguma forma eram desrespeitosas para outras culturas.

– Dia 21 de Abril e 5 de Maio (Árvore da Inclusão)

 

A 6ª sessão e a 7ª sessão estão ligadas, tendo na primeira começado a preparar a 7ª. Após entender que nacionalidades se encontravam presentes no Montijo, e estando a preparar o dia do Agrupamento do Agrupamento de Escolas Poeta Joaquim Serra, os participantes juntaram-se dia 21 de Abril para preparar a iniciativa “Arvore da Inclusão” onde, através de frutos caídos das árvores estariam representados as nacionalidades com mais habitantes representados no Montijo. Desta forma, foram realizados frutos com a bandeira do Brasil, da Tailândia, da China, da França, de Itália, da Roménia, da Moldávia, da índia, do Paquistão, de Cabo Verde, da Ucrânia, de Angola e do Nepal. De um dos lados da fruta está assim a bandeira do país e no outro lado uma curiosidade sobre o mesmo.

– Dia 26 de Maio (Mudar o Mundo digital)

Durante esta sessão, os participantes juntaram-se em grupos de trabalho e realizaram cartazes digitais, com o auxílio de plataformas como o canva, alusivos ao combate à discriminação e ao incentivo à inclusão.

De forma a complementar a informação dada nas restantes sessões, um dos participantes, o Sr Mateus Lopes, falou sobre o seu país, Cabo Verde, demonstrando aos participantes algumas das visões que tem sobre o seu país e como é chegar a um país novo e recomeçar a vida.

– Dia 9 de Junho (Feira da Interculturalidade)

 A nona sessão serviu como preparação para a sessão final do projeto. Através de grupos de trabalho que investigaram os países a serem apresentados na sessão de abertura, os jovens aprenderam curiosidades, tradições e informações sobre países como: Roménia, Índia, Brasil, Tailândia, São Tomé e Príncipe, Angola, Cabo Verde, Moldávia, Reino Unido e Paquistão. Através de material de apoio cedido pelas embaixadas dos respetivos países, os participantes terão a oportunidade de apresentar o que investigaram aos alunos da Escola Básica Integrada do Esteval.